terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Em 2011 estaremos de volta

Estamos a pouco mais de três dias para o fim de 2010 e o começo de 2011. E logo de cara, no primeiro dia, vamos presenciar algo  inédito: a posse de uma mulher na presidência da República, a primeira em 121 anos de regime republicano. Ao invés de fazer apostas - se ela vai ser melhor ou pior do que Lula, por exemplo - prefiro esperar, porém, confiante de que seU governo, além de consolidar o legado de Lula, vai radicalizar ainda mais o combate à miséria e às desigualdades sociais.
Para 2011 espero, sinceramente, poder fazer do blog o que tinha em mente ao criá-lo: um espaço para exercício de um jornalismo diversional, mais próximo da realidade concreta. Em outras palavras, quero colocar aqui histórias de gente como a gente, que luta no dia-a-dia pela sua sobrevivência. É isso.
A quem (se é que houve alguém) que passou por aqui e costuma passar, ainda que de vez em quando, um FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Conselhos de Comunicação

A criação dos Conselhos de Comunicação em vários estados brasileiros despertou o ódio da grande mídia, que vê na medida uma tentativa de cercear a liberdade de imprensa e controlar o conteúdo dos meios de comunicação. Este é o discurso para o público externo, mas, o que mais irrita e preocupa os barões é outra coisa. Como sempre e em todas as ocasiões, a questão é o dinheiro. Ou melhor, o aumento do número de comensais sem que o bolo aumente proporcionalmente.
No Ceará, por exemplo, o projeto aprovado na Assembleia Legislativa não deixa margem para dúvidas. O ítem X, do Artigo 3º, que trata dos objetivos do Conselho, determina: "fomentar parâmetros normativos que estitpulem a melhor distribuição das verbas publicitárias do Estado com base em critérios que garantam a diversidade e pluralidade, não enfantizando apenas a audiência e evitando a concentração do mercado". Recomendação que faz arrepiar todos os cabelos dos barões da mídia.
Até agora, além do monopólio da informação, eles também concentravam os recursos publicitários do Estado, que não são poucos, sobretudo, quando se soma a adminsitração direta, indireta, autarquias, empresas estatais e de economia mista. Em português claro, o Conselho propõe que estas verbas se transformem em instrumento da regionalização da produção cultural e jornalística; da alavancagem de veículos pequenos e médios (rádios e jornais); do fomento da comunicação comunitária. Para usar a expressão do presidente Lula, "um dinheirinho para os pesquenos também".
Como não podem defender isso publicamente, os barões da mídia lançam mão do falso argumento, segundo o qual, os Conselhos de Comunicação são instrumentos da censura e tentativa de controlar o conteúdo dos meios de comunicação. Balela. O que eles não querem é dividir a grana que, até hoje, embolsavam sozinhos.