quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Baile de máscaras

A época atual ficará marcada na história como um período de trevas, intolerância e preconceito. Não parece que o mundo chegou ao século XXI. Não existe respeito às pessoas. Nunca o ser humano foi tão achincalhado como agora. E quem mais sofre com isso são os mais de 30 milhões de brasileiros que ascenderam à chamada Classe C. Gente que passou a ser considerada cidadão apenas por ter, agora, condições de consumir.
Este é o problema. Enquanto estavam no andar de baixo não incomodavam. Elas não existiam. Nem nas estatísticas oficiais. Com um pouco mais de grana no bolso, foram logo transformar em realidade os sonhos há muito acalentados. Sonhos que aos olhos dos outros chegam a surpreender pela simplicidade.
Mas, o que se há de fazer? As pessoas são assim. Sempre foram assim. Apenas camuflavam com máscaras sua verdadeira identidade. Derrubaram as máscaras e as faces reais tornaram-se públicas. E, tal qual a verdade, a face real das pessoas é dura. É melhor assim. Pelo menos chega ao fim o grande e interminável baile de máscaras. Erradica-se a dissimulação. E todo mundo mostra-se como é. Em casa e fora dela.

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