A inflação de julho segundo o IPCA veio
próxima à estabilidade e registrou alta de apenas 0,03%, deixando o acumulado
em 12 meses em 6,27%, abaixo do teto da meta para o ano (6,5%). Dentre as
quedas nos preços, destacam-se a deflação no grupo de alimentação e bebidas (de
alta de 0,04% em junho para queda de 0,33% em julho) e transportes (de alta de
0,14% em junho para deflação de 0,66% em julho).
Segundo o Dieese, a cesta básica
apresentou queda de preço em todas as 18 capitais pesquisadas, fato não
ocorrido no país desde 2007. A queda foi mais acentuada em Brasília (-8,9%),
mas também foi relevante em São Paulo (-3,8%) e outras capitais.
O recuo da inflação no mês de julho já
era esperada. A queda no preço dos alimentos é a marca principal desta redução
nos preços, o que explica a deflação no custo da cesta básica. Estes dados
tendem a permanecer positivos (mesmo que em menor intensidade) em agosto,
levando a inflação em 12 meses para algo próxima a 6% anuais.
A continuidade da queda dos indicadores
inflacionários dependerá do tamanho do repasse de custos advindos da
desvalorização cambial para o preço de diversos produtos, inclusive alguns
produtos agrícolas. No mais, a preocupação maior do terceiro trimestre deve ser a
manutenção do ritmo de crescimento do PIB (ao menos em linha com o crescimento
registrado no primeiro trimestre) e do emprego em patamares elevados, de forma
a coadunar inflação em queda e investimento e crescimento em elevação.
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